sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Agências Bancárias de Mamanguape: clientes são desrespeitados e massacrados nas filas e no atendimento

Senhora de 60 anos exausta depois de 1 hora e meia na fila do Bradesco de Mamanguape
  Aqui faço das palavras do amigo Bala, as minhas, também fui vítima assim como você, essa semana estive na agencia do banco do Brasil, aqui de Mamanguape, só dois caixas eletrônicos estavam funcionando, fiquei na fila por mais ou menos 15 minutos, na minha frente, também na fila, estava um funcionário do banco, quando chegou a vez dele, ele simplismente desativou o caixa sem nem uma satisfação para todos que estavam na fila, uma total falta de respeito com quem precisa usar os serviços bancários dessa cidade. Abaixo você ler o que aconteceu com meu amigo Bala, em uma agencia bancaria.
Estava eu hoje (27) trabalhando, quando recebi por volta das 10h30 à ligação da minha esposa (Juliana), pedindo para ajudá-la a resolver alguns pagamentos no comércio de Mamanguape. Ela tinha uma conta a ser paga na agência bancária do Bradesco, enquanto eu resolvia outras coisas. Lembro que, ela está com 8 meses de gravidez.

Depois de 1 hora nesse intervalo, voltei à agência do Bradesco para nos encontrarmos. Ela estava na fila preferencial. Notei que havia muita gente em ambas as filas, principalmente, idosos, senhoras com crianças de colo, e grávidas na preferencial.

Ao completar (Juliana) 1 hora e vinte minutos na fila preferencial. Resolvi procurar um funcionário para relatar o que estava acontecendo e falar do desrespeito da agência. Em primeiro momento, o funcionário pensou que eu estivesse querendo colocá-la a frente das outras pessoas, mas não, o que eu estava querendo era sensibilizá-lo para tão absurdo que ocorre todos os dias no Bradesco de Mamanguape. Aonde idosos chegam a passar mal, e poucos aguentam horas na fila.

O meu apelo foi em vão. Acreditem!... Juliana passou 2 horas e 17 minutos cravos na fila preferencial, de pé. Um absurdo e um desrespeito ao cidadão que já paga juros exorbitantes em Bancos no Brasil. Isso acontece quando se tem um monopólio das funções, um desleixo total com os clientes.

Não existe similar em termos de comparação com os bancos que são altamente lucrativos e prestam péssimos serviços aos clientes.

As reclamações são diárias e recorrentes, como por exemplo, a do idoso Isaias Silva do Bairro do Planalto em Mamanguape, que se deslocou até o Bradesco, depois de mais de uma hora na fila, com dores nas pernas, foi atendido de forma muito rude pelo caixa. Segundo ele, “Não consegui pagar de forma alguma minha conta que passou do vencimento e o inexplicável é que depois do vencimento somente se pode pagar na agência como já havia sido feito antes com outras”.

O desrespeito, porém, não é só do Bradesco, é geral, pois, as reclamações contra os bancos alcançam os privados, como o HSBC, o Santander ou o Itaú, bem como os oficiais cujo campeão de reclamações é o Banco do Brasil, seguido da Caixa Econômica.

A realidade atual brasileira é de que temos um dos juros mais altos do mundo o que, aliado com quantidade de tarifas que os bancos cobram por todo e qualquer serviço só faltando cobrar pelo fato do cliente respirar na agência uma das constatações anuais é a de que, no Brasil, os bancos estão tendo lucros astronômicos, mas, em contrapartida, não se mostram dispostos a investir em um melhor atendimento aos usuários. Até parece que quanto mais ganham menos investem em aumentar o seu pessoal e melhorar o seu atendimento.

O triste é que, apesar da alta lucratividade que possuem, os bancos, no seu atendimento, tem realizado um verdadeiro massacre aos cidadãos, que, obrigados a utilizá-los cada vez mais por causa da bancarização da economia brasileira são obrigados a se sujeitar aos maus tratos dos bancos na realização de transações financeiras sem ter para quem apelar.

O atual sistema de atendimento penaliza, com longas filas, em especial os idosos e os portadores de necessidades especiais. Nem mesmo os investimentos na área de tecnologia refrescam nem resolvem praticamente nada e as obrigações que constam na legislação bancária parecem letras mortas para os estabelecimentos que desrespeitam a lei e, com seus advogados, conseguem escapar sem grandes problemas.

Muitos clientes nem sequer protestam, por descrença ou por não saberem que estão sendo enganados. Até porque os bancos costumam escapar da abrangência do Código de Defesa do Consumidor. A lei, que vale para todas as relações de consumo da sociedade, em geral acaba não sendo aplicada as instituições financeiras que insistem em excluir as atividades de natureza bancária, financeira e de crédito do Código, afirmando que o cliente bancário não é consumidor. Um completo absurdo que consegue burlar a legislação e encontra amparo na Justiça.

O governador Ricardo Coutinho sancionou o projeto de autoria da deputada Daniella Ribeiro, que cria a "Lei da Fila" em todos os estabelecimentos bancários do Estado da Paraíba. Até recentemente apenas as cidades de João Pessoa e Campina Grande dispunham desse instrumento que obedecia a legislação municipal. A iniciativa de Daniella transformou-se na Lei 9.426.

A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba em nota informa que, com a iniciativa da parlamentar e a devida sanção por parte do Poder Executivo dará a necessária esperança de que esse instrumento legal resgate o respeito aos clientes e usuários dos serviços bancários na Paraíba, os bancários chamam a atenção da sociedade para o fato de que o restabelecimento do atendimento bancário decente passa necessariamente pela contratação de mais bancários, bem como pela não utilização de mão-de-obra terceirizada.

Finalizo rogando providências por parte do Ministério Público da Paraiba, que faça valer a lei, e que, o mínimo de respeito possível seja dando a quem já está sendo assaltado a olho nu com as altas tarifas bancárias.

É Brasil!... Fazer o que?...
 

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