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O ex-mecânico, pai de 11 filhos, foi preso em 1976 no Presídio Aníbal Bruno, acusado de matar um homem em Cabo de Santo Agostinho (PE). Ele ficou quatro anos em cárcere até que a polícia descobriu o verdadeiro culpado do assassinato. Em liberdade, Marco Mariano trabalhou como taxista, mas foi vítima de mais uma injustiça. Em 1985, ele foi encontrado armado com um revólver calibre 38 e foi levado para o presídio. O juiz Aquino Farias de Reis declarou que a vítima estava em liberdade condicional e respondia a inquérito policial.
Segundo o seu advogado de defesa, José Afonso Bragança Borges, Marcos Mariano foi preso sem inquérito, sem condenação alguma, e sem direito a nenhuma espécie de defesa. Durante o período em que esteve na prisão, ele ficou cego dos dois olhos, ao ser atingido por estilhaços de uma bomba lançada em uma rebelião, e também contraiu tuberculose. Ele foi solto em 1998.
Julgamento
As injustiças vividas por Marco Mariano foram decisivas para a determinação do STJ. “O brasileiro foi acusado de participar de diversas rebeliões, ficando inclusive mantido em um presídio de segurança máxima por mais de seis meses, sem direito a banho de sol”, segundo o STJ
Em 2006 o caso foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça que o considerou “o mais grave atentado à violação humana já visto na sociedade brasileira”. Foi ordenado que o Governo de Pernambuco indenizasse a vítima em R$2 milhões, valor que só começou a ser pago em 2009.
fonte:em.com
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