A EDUCAÇÃO SOCIO-AMBIENTAL NA CIDADE DE MAMANGUAPE: UMA PESQUISA SOBRE OS LIXÕES EXISTENTE E SUAS CAUSAS
A SOCIAL AND ENVIRONMENTAL EDUCATION IN MAMANGUAPE CITY: A RESEARCH ON EXISTING DUMPS AND THE CAUSES
José Luiz de Oliveira
Isaque da Silva Rodrigues
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo refletir os impactos causados ao meio ambiente através do lixo produzido pelo homem, para isso foi feito um estudo bibliográfico e pesquisas na internet sobre a produção de resíduos sólidos. Entendemos que o lixo acompanha o ser humano desde muito tempo causando inúmeros transtornos a sociedade e ao planeta. Propõe-se através das metodologias ativas potencializar os alunos para que estes se sintam motivados a pensarem ações envolvendo projetos, visando o cuidado ao meio ambiente, dando destino correto aos resíduos sólidos fabricados em casa, com a seleção dos mesmos e o descarte correto, estendendo essas ações para a comunidade para que essas percebam a importancia da preservação do meio ambiente. Com o avanço da tecnologia, a flexibilidade e a interatividade entre o educador e o aluno é possível através da metodologia ativa, levar alunos a aula de campo, fazendo com que eles acompanhem a problemática do meio ambiente e principalmente dos lixões que se formam em volta das cidades, em especial Mamanguape PB. Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas ações, estabelecer limites. No município observado, apresenta grande deficiência em sua coleta de lixo, desde o seu início nas residências até o destino final que é o lixão, nesse sentido concluímos que é evidente a necessidade de projetos e ações para resolver os problemas do lixão e os males causados pelo mesmo, como implantação de aterro sanitário, coleta seletiva, entre outros. Com a proposta dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) é possível iniciar uma mudança de habito, diminuir a quantidade de lixo produzido, reutilizando de forma consciente e sustentável.
Palavra-chave: Metodologias; Educação Ambiental; Preservação; Meio Ambiente; Lixo.
Abstract:
This work aims to reflect the impacts caused to the environment through man-made garbage, for this was made a bibliographical study and internet research on the production of solid waste. We understand that garbage has been with humans for a long time causing countless disruptions to society and the planet. It is proposed through active methodologies to empower students so that they feel motivated to think about actions involving projects, aiming at caring for the environment, giving proper destination to solid waste made at home, with their selection and correct disposal, extending these actions for the community so that they realize the importance of preserving the environment. With the advancement of technology, the flexibility and interactivity between the educator and the student is possible through the active methodology to take students to the field, making them follow the environmental problem and especially the dumps that are formed around them. of cities, especially Mamanguape PB. To solve this problem, every society needs to educate its actions, set boundaries. In the municipality observed, there is a large deficiency in its garbage collection, from its beginning in the residences to the final destination that is the dump, in this sense we conclude that it is evident the need for projects and actions to solve the problems of the dump and the ills caused. by the same, as implementation of landfill, selective collection, among others. With the proposal of the 3 R's (Reduce, Reuse, Recycle) it is possible to initiate a change of habit, reduce the amount of waste produced, consciously and sustainably reusing.
Keywords: Methodologies; Environmental education; Preservation; Environment; Trash.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo oferecer uma reflexão sobre os problemas causados pelo lixo. Esses resíduos sólidos são produzidos pelo homem, e o seu destino são os lixões existentes ainda na maioria das cidades brasileiras, causando vários transtornos ambientais e a saúde humana. De acordo com AMORIM et al (2010, P.163) O principal destino dos resíduos é o lixão um local a céu aberto onde o lixo é disposto de qualquer maneira e sem tratamento, o que acaba causando inúmeros problemas ambientais, pela falta de atendimento às normas de controle. Vanessa Sardinha dos Santos em seu artigo intitulado “PROBLEMAS CAUSADOS PELOS LIXÕES” disponível no site Alunosonline, trata sobre os descartes dos resíduos sólidos, para este autor traz que;
Os lixões são locais onde o lixo é descarregado diretamente no solo. Essa forma de descarte de resíduos é inadequada, uma vez que não há nenhuma proteção ao meio ambiente e não existe garantia de que eles não causem danos à saúde das pessoas. A produção de resíduos sólidos acompanha o ser humano desde muito tempo como apontam alguns estudiosos, uma vez que, a produção do lixo faz parte da “cultura”, “trabalho”, “modo de vida” enfim, acompanha o homem no seu dia a dia. (Vanessa Sardinha dos Santos. PROBLEMAS CAUSADOS PELOS LIXÕES).
Nesse sentido, trazemos as metodologias ativas como fonte para potencializar nos alunos, para que estes se sintam motivados a pensarem a respeito, propondo projetos que possam fomentar ações de cuidado ao meio ambiente, dando destino correto aos resíduos sólidos fabricados em casa, com a seleção desses lixos e o descarte correto. Essa Metodologia coloca os alunos como atores principais de seu aprendizado, vem dando certo, porque trata de uma proposta em que o aluno é estimulado a refletir criticamente no processo de ensino e aprendizagem. Com o estimulo e a prática os alunos absorvem melhor o que aprendeu.
As metodologias de ensino fazem toda a diferença na aprendizagem e na concepção de mundo das crianças e jovens, os métodos utilizados pelos professores buscam alcançar objetivos, eles estão sempre em constante debates por diversos estudiosos que buscam transformar o ensino que é um desafio enfrentado nos dias atuais, nesse sentido Santos (2008) apud Heerdt (2003, p. 69) diz que; “o grande desafio, sem dúvida, não é o de estar ciente destas transformações, mas sim integrá-las e contemplá-las no trabalho educacional. ” Assim, a escola precisa promover um resgate da sua função de promotora de novos conhecimentos, buscando refletir criticamente sobre as ações e condutas cotidianas, tendo em vista desenvolver novas formas de atuar na educação que promova o sucesso do aluno. Garantir uma educação de qualidade é uma prioridade assegurada em nossa Constituição Brasileira, mas, existem muitos desafios, principalmente em nossos dias atuais, com alunos antenados nas tecnologias existentes, ou seja, alunos do século XXI. Diante desses desafios é preciso pensar e construir planos de ação que contemple não apenas os alunos, mas a educação como um todo.
Nesse sentido as metodologias ativas nos é apresentada como fonte de inúmeras possibilidades de inovações no processo de ensino e aprendizagem, no qual, busca-se transformar o aluno em protagonista de seu processo de aprendizagem e diversificando o modo das aulas, nesse sentido podemos pensar em uma educação interativa e ativa na perspectiva dos alunos.
Esse é o objetivo das metodologias ativas, nome dado aos modelos de aprendizagem, incluindo aqueles que envolvem as tecnologias digitais, nos quais o ensino deixa de ser centrado na mera transmissão de conhecimento do professor para o aluno, mas, torna-o ativo nesse processo. Para Bacich (2018, p.18), Inserir as tecnologias digitais e as metodologias ativas de forma integrada ao currículo requer uma reflexão sobre alguns componentes fundamentais desse processo: o papel do professor e dos estudantes em uma proposta de condução da atividade didática que privilegia as metodologias ativas; o papel formativo da avaliação e a contribuição das tecnologias digitais na personalização do ensino; a organização do espaço, que requer uma nova configuração para estimular ações colaborativas; a avaliação como um recurso essencial no processo de personalização e o quanto o uso das tecnologias digitais podem potencializar sua eficiência educacional.
De acordo com Edgar Moran, o conteúdo continua sendo relevante, mas dentro de um contexto de ação. O aluno é estimulado a partir de um projeto ou problema, para o qual precisa pesquisar, discutir, pensar soluções e apresentar propostas. São novos olhares sobre às questões de aprendizagem abordando novas práticas, que incluem as tecnologias auxiliando na educação e colaborando nos desafios no dia a dia da sala de aula pelos professores.
No que tange a Educação Ambiental é um assunto que está no centro das discussões do nosso país e do mundo, mas que desde o século passado vem sendo visto com preocupação principalmente no quesito aquecimento global. Diante disso é preciso pensar qual o papel da sociedade, o que deve fazer o professor para abordar essa temática na perspectiva da multiplicidade de informação sobre o tema lixões/meio/ambiente, e de maneira multidisciplinar.
A pergunta norteadora do nosso trabalho será. Os alunos, como deverão ajudar na preservação ambiental, o que se pode fazer para mudar a situação dos lixões em nosso município? No ensino da Geografia a preocupação com o ecossistema é debatido constantemente, visando a preocupação com as constantes mudanças ocorrida na natureza pelas ações humanas, nesse sentido a geografia enquanto disciplina aliada a educação ambiental buscam evidenciar os males causados pelos lixões, sensibilizando a sociedade em geral sobre os impactos ambientais.
É sabido que a maioria das cidades pequenas sofrem com problemas relacionado com o meio ambiente que vão desde queimadas, falta de saneamento básico, falta de coleta de lixo apropriada entre outras. E a cidade de Mamanguape não é diferente, sofremos com vários problemas ambientais, mas nosso foco é alertar sobre a importância do descarte adequado do lixo. Tanto a coleta, como o deposito adequado são uns dos principais desafios que as cidades enfrentam atualmente, é nosso dever como educadores alertar sobre tais situações, é dever dos alunos pensar e colocar em práticas atitudes de ação para a preservação do meio ambiente.
É importante pensar que com o avanço da tecnologia, com a flexibilidade e a interatividade entre o educador e o aluno é possível através da metodologia ativa, levar alunos a aula de campo, fazendo com que eles acompanhem in loco a problemática do meio ambiente e principalmente dos lixões que se formam em volta das cidades em especial Mamanguape. Tal ação poderá contribuir consideravelmente os impactos causados ao meio ambiente e melhorar a saúde das pessoas do munício em questão e quiçá de todo o território nacional. De acordo com Aurélio et al (2011) A educação ambiental nas escolas contribui para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade. A nossa intenção é que cada pessoa possa refletir e mudar seus hábitos em relação ao lixo, tratando-o desde de sua casa, dando o devido destino, assim sendo todos passam a fortalecer a luta pelo meio ambiente com atitudes saudáveis. A solução para o problema relacionado ao lixo está nas mãos de cada um de nós.
JUSTIFICATIVA
A relevância desta pesquisa a priori busca tratar das questões dos resíduos sólidos da cidade de Mamanguape, haja vista a importância dos cuidados sobre o meio ambiente. É preciso denunciar os impactos causados pelos lixões a céu aberto, para que medidas possam serem tomadas e as demais cidades tratem os resíduos sólidos com mais atenção dando o devido destino, acabando de vez com os lixões.
Diante do exposto, a escolha do tema: A EDUCAÇÃO SOCIO-AMBIENTAL NA CIDADE DE MAMANGUAPE: UMA PESQUISA SOBRE OS LIXÕES EXISTENTE E SUAS CAUSAS, se deu pela necessidade de levar aos alunos a importância de preservar o meio ambiente, propondo formas alternativas que possam contribuir com o meio ambiente através de ações.
A proposta é valorizar o conhecimento prévio dos alunos dentro de sua realidade, contudo chamar atenção para os maus causados pelos lixões, fomentando meios de soluções e ações para o combate ao descarte inadequado e valorização da reciclagem e outros meios de reutilização dos materiais descartados sensibilizando a comunidade para a importância de selecionar seus lixos ainda em casa, antes da coleta do mesmo.
Por mais que se fale sobre questões ambientais nos meios de comunicação em massa como televisão, rádios, internet denunciando as mudanças ocorridas na natureza, boa parte da sociedade parece ainda desconhecer a real gravidade que o lixo pode causar aos seres humanos e ao meio como um todo. Para muitos, o cuidado com o lixo se resume em condiciona-lo e colocá-lo a disposição da coleta, nesse sentido, muitas pessoas acham que os problemas com o lixo estão resolvidos quando estes saem de suas casas. Na cidade de Mamanguape não há coleta seletiva e não há um local adequado para o deposito dos resíduos sólidos. Nossa premissa parte do ponto de que é preciso mudar essa situação e porque não começar na escola com projetos que envolvam os alunos a participarem através de ações direta estendendo para a comunidade chamando atenção para as condições dos lixões, cuidados com a reutilização dos objetos, reciclagem com isso reduzindo o uso de certos produtos que possam agredir o meio ambiente.
Contudo se pretende pensar em políticas públicas efetivas que possam solucionar o manejo dos resíduos sólidos e coleta seletiva consciente desde de casa até o destino final. Amorim et al (2010) chama atenção alertando que o problema do lixo é de todos logo a educação deve promover ações que envolva toda a comunidade, veja o que dizem os autores; Tal ambiente nos dá a possibilidade de considerar relações com as temáticas estudadas na disciplina acerca dos sistemas ambientais, incluindo as relações com a educação ambiental, à medida que o problema do lixo é de todos. Logo, requer uma atenção especial da Educação Ambiental (EA) quando se pensa em ações que envolvam a comunidade para a superação de um cenário de degradação ambiental proporcionada por um lixão a céu aberto e próximo à zona urbana e costeira (AMORIM et al, 2010, p.160).
Nosso trabalho é de cunho qualitativo, buscamos embasamento em diversos autores e pesquisas bibliográficas, também foram feitas observações diretas ao lixão da cidade de Mamanguape PB.
AS METODOLOGIAS E O ENSINO HOJE.
A educação é um processo multifacetado, por outro lado exige diversos mecanismos para que ela flua de maneira satisfatória. Nesse sentido, o processo de ensino e aprendizagem se torna desafiador e estimulante. Desafiador no sentido de que os alunos como enfoque principal da educação trazem consigo diferentes visões de aprendizagem e conhecimento, ou seja, cada aluno tem um perfil diferente, sobretudo quando estes se tornam ativos e não passivos na aprendizagem. Estimulante, uma vez que, as metodologias escolhidas pelas escolas/professores devem abarcar essa multiplicidade de alunos, sendo assim, deve ser estimuladora desse processo de ensino e aprendizagem.
A educação problematizadora, nas palavras de Freire é “indispensável à essência do diálogo”, sendo que a ação e a reflexão devem se fazer presente no processo de ensino. O aluno por sua vez deve abandonar a postura passiva, inserindo-se como sujeito ativo da aprendizagem, no qual tanto o aluno quanto o professor encontram motivações. O modelo tradicional se encontra defasado, não atende em sua plenitude os estudantes com mentalidades mais avançadas, exigentes e rodeados de conhecimentos e tecnologias a palma da sua mão, que podem serem utilizados como ferramentas na aprendizagem. Para Almeida e Valente, 2012) apud Moran (2015, p.16), esses autores concordam que, os métodos tradicionais, que privilegiam a transmissão de informações pelos professores, faziam sentido quando o acesso à informação era difícil. Com a Internet e a divulgação aberta de muitos cursos e materiais, podemos aprender em qualquer lugar, a qualquer hora e com muitas pessoas diferentes. Isso é complexo, necessário e um pouco assustador, porque não temos modelos prévios bem-sucedidos para aprender de forma flexível numa sociedade altamente conectada.
Há professores que tem concepções tradicionais sobre o ensino, por isso é preciso refletir sobre o que foi ensinado, entender que é preciso voltar a olhar para o Ensino pensando sempre em inovação, é preciso capacitação e renovação”. Santos (2007) revela que “Não se pode negar que hoje nas sociedades letradas um dos usos efetivo da escrita está associado às práticas de letramento escolar. Acredito que esse espaço deva estar em sintonia com o meio, respeitando e buscando na experiência da prática estabelecer elementos que fomentem a curiosidade dos alunos despertando desse modo uma criticidade dos estudantes com o uso do pensamento reflexivo. As tecnologias hoje vão dá um suporte de suma importancia, auxiliando professores e alunos. “O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital” Moran (2015, p. 16). Para este autor a sala de aula hibrida deve unificar a ideia de mundos, o da educação digital e a educação formal tornando-se um “espaço ampliado” extrapolando os limites do espaço físico da sala de aula, para múltiplos espaços.
As metodologias de ensino fazem toda a diferença na aprendizagem e na concepção de mundo das crianças e jovens, os métodos utilizados pelos professores buscam alcançar objetivos, eles estão sempre em constantes debates por diversos estudiosos. No Brasil, por exemplo, as concepções pedagógicas se diferem em determinado tempo e época, de acordo com certos ideais políticos, econômicos e sociocultural, ou seja, o contexto social, mas sempre com traços mais tradicional de educação. Nesse caminho, a educação para Oliveira e Leite (2010) nos diz que, o envolvimento da Educação, enquanto área de conhecimento, desenvolve seus estudos e pesquisas apoiados na investigação da realidade e nos fundamentos epistemológicos e gnosiológicos advindos da Filosofia, da História, da Psicologia, da Sociologia, entre outras áreas do conhecimento. Em decorrência desses estudos, são identificadas diferentes concepções de Educação, organizadas e aceitas por pesquisadores, ao longo do tempo. Nesse sentido se faz necessário que os professores devem estar em continuo aprimoramento dos seus conhecimentos para os desafios do século XXI. Morin (2018), fala sobre a importância da formação continuada dos professores e no repensar sobre as práticas pedagógicas. Veja o que fala este autor
A educação continuada e em serviço para a atualização e complementação formativa dos professores de todo o Brasil se faz cada vez mais urgente para que possamos realmente transformar a educação do país! Essa constatação não se deve a um juízo de valor sobre as formações iniciais dos cursos de pedagogia e das licenciaturas, mas porque a arte de ensinar exige uma constante atualização, requer empenho, dedicação, amor à profissão e um constante repensar das práticas pedagógicas. As gerações mudam, os comportamentos sociais mudam, as sociedades se transformam constantemente, e promover aprendizagem no contexto dessas mudanças exige um processo continuo de formação! (MORIN, 2018, p.14).
Hoje os métodos de ensino exigem mais do professor/a no que diz respeito ao seu alunado, uma vez que, as mudanças tecnológicas e cientificas fazem parte do dia a dia da sociedade incluindo com mais intensidade os jovens e crianças, ainda mais quando se tratam de mídias sociais. Podemos encontrar infinidades de conteúdos em instantes, basta apenas um clique e você se depara com temas dos mais variados. Tudo isso de informação estão cada vez mais próximo dos jovens e crianças, os alunos do chamado século XXI, mas, e nossos professores e nossas instituições de ensino estão preparados para lhes-dar com esses jovens e crianças informatizados, detentores de (pre) conhecimentos e cheios de energias, ou será que a escola ainda se mantém em século passado? Sobre essa questão Ramos (2018, p.83) diz que; “os alunos do século XXI são “nativos digitais”, termo cunhado por Mark Prensky no início dos anos 2000”. Para esse autor, sua análise permiti repensar o lugar da escola e do professor quando se fala no tempo, para que ambos saiam do passado e interajam com as novas gerações de forma harmoniosa, ainda para Ramos (2018) “Essa geração vive conectada a uma cultura tecnológica e boa parte da sua vida se passa online”.
Para Moran (2019), está claro que as tecnologias realizarão cada vez com mais precisão uma parte das atividades dos docentes. O que é essencial hoje no trabalho docente? O que ele precisar focar melhor? O que a tecnologia não consegue dar conta? É preciso entender que houve mudanças de comportamentos na sociedade, partindo para um aspecto online (modo de interagir) hoje mais conectados e vivenciando uma nova aldeia social se assim posso chamar. Ramos (2018) completa seu pensamento sobre as tecnologias afirmando que; “Houve o que podemos chamar de Revolução das Interações Sociais, pois a forma como nos relacionamos já não é mais a mesma”. Para a Psicopedagoga Angela McGlynn “O professor do nosso tempo deve usar muitos chapéus, desenvolver múltiplas habilidades. Eles precisam construir formas reais e virtuais de relacionamentos com os alunos para motivá-los e envolvê-los”.
Partindo deste princípio podemos observar que o professor pode e deve utilizar as tecnologias a seu favor, utilizando para além das salas de aula, interagindo diretamente com os alunos por meios de dispositivos, oportunizando que os mesmos (alunos) possam estarem colocando em prática seus conhecimentos de forma ativa complementando e potencializando suas experiências. Nas palavras de Ramos (2018) “O educador do século XXI já não é mais o detentor de toda informação, mas sim o facilitador na relação entre aluno e conteúdo”.
Já na sala de aula do século XXI, a atuação do aluno está mais voltada a um controle sobre o seu próprio ritmo de aprendizagem, entendendo como aprende e quais recursos potencializam esse processo. O professor constrói os conceitos junto à turma e utiliza as tecnologias e os recursos online como meios de promover a aprendizagem. É importante, portanto, ter em mente que as tecnologias não são fins por si só, mas sim meios para potencializar o ensino. (RAMOS, 2018, p.83)
Cade ao professor discutir e pensar quais as melhores estratégias para potencializar nos alunos através das metodologias ativas um ensino envolvente, critico, e reflexivo no qual valorize os saberes desse novo sujeito tecnológico do século XXI.
METODOLOGIAS ATIVAS: UM MODELO INOVADOR NO ENSINO E APRENDIZAGEM DO SÉCULO XXI
Inovar na educação é preciso, uma vez que as estruturas de ensino e aprendizagem precisam ser atualizadas buscando desenvolver seus alunos de forma ativa e integral, valorizando a coletividade e estimulando os saberes dos educandos, tornando-os participativos no processo de aprendizagem junto aos professores, que por sua vez exercem um papel mediador/facilitador de um ensino de qualidade.
Diante da realidade dos dias atuais é importante buscar metodologias que colaborem para instigar os interesses e competências dos alunos de HOJE, que acredito, em poder chamá-los de discentes digitais. Nesse caminho nos deparamos com as metodologias que atendem para essa necessidade do século digital. De acordo com Allan (2018, p. 11) esclarece que; Metodologias como essa vêm sendo chamadas de metodologias ativas e têm como principais características, de uma forma geral, propiciar que os alunos busquem soluções para problemas do mundo real, coloquem a mão na massa, sejam protagonistas de seu processo de aprendizado, pesquisem, trabalhem em equipe e com tempo determinado para a tarefa, usem tecnologias digitais e se auto avaliem. Bacich (2018) concorda que nos dias atuais, “Nunca se falou tanto em inovar processos educacionais, rever práticas, formar professores para uma educação transformadora e considerar os estudantes como protagonistas, desenvolvendo sua autonomia no decorrer da escolaridade”. Diante das inovações vivenciadas nos novos tempos se faz necessários fazer com que os professores percebam a importancia das novas metodologias e as coloquem em práticas, modernizando o aprendizado e tornando-o mais agradável e participativo.
LIXO E MEIO AMBIENTE: CONTEXTO HISTÓRICO
O lixo acompanha o homem desde os tempos primórdios, enquanto mais os seres humanos se tornam civilizados, ou seja, abandona sua condição de nômades e passam a formar aldeias fixas ou centros urbanos (cidades) passam a produzir mais objetos, por exemplo, utensílios como cerâmicas, objetos usados na agricultura, roupas, etc. mas para muitos estudiosos o ápice da produção de resíduos sólidos se deu a partir da revolução industrial. Com o aumento populacional e a transferência do campo para as grandes cidades, a rotina das pessoas muda completamente e o advento do “desenvolvimento” naquele momento não preocupa as pessoas, apenas no século XX, se voltam olhares sobre as questões ambientais e as mudanças que estavam acontecendo com o planeta. De acordo com HERPE E NOGUEIRA:
A partir da segunda metade do século XX foi iniciada uma reviravolta e a humanidade torna-se preocupada com o planeta onde vive. Outras inquietações como o buraco na camada de ozônio, o aquecimento global da Terra tem despertado a população mundial sobre o que tinha acontecido com o meio ambiente. Nesse "despertar", a questão da geração e destinação final do lixo foi percebida, e nesta primeira década do século XXI tem sido enfrentada com a urgência necessária (HEMPE E NOGUERA, 2012, p. 683)
Desde o século passado a preocupação com o meio ambiente vem ganhando muito destaque, principalmente pelos países desenvolvidos que direcionam seus olhares com atenção para; o aquecimento global, derretimento das geleiras, desmatamento, poluição em geral. Fica claro a preocupação com o nosso planeta, os meios de comunicação noticiam os fenômenos (desastres) naturais, como uma resposta do globo terrestre diante das atividades humanas que agridem o ecossistema como um todo. São lançados uma diversidade enorme de resíduos sólidos diariamente como; lixos domésticos, hospitalares, industriais etc, agredindo a terra, o céu, os rios e mares afetando diretamente os seres vivos deste planeta. Ramos (1996), revela como e onde foi a Primeira Conferência Mundial sobre o meio ambiente, ainda na decada de 70 do século passado para tratar de estratégias que pudessem diminuir os impactos ambientais.
No início dos anos 70 o governo sueco apresentou à Organização das Nações Unidas uma proposta para a realização de uma Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano. O que de fato aconteceu em junho de 1972. Em Estocolmo. Essa conferência, convocada pela ONU. Foi a "primeira na história da humanidade em que políticos, especialistas e autoridades de governo, representando 113 nações. 250 organizações não governamentais e diversas unidades da própna ONII” ". Se reuniram para discutir as questões ambientais. (RAMOS, 1996, p.09).
Como podemos observar, a preocupação com os lixos produzidos ocasionando impactos ambientais foi alvo de muitas discursões, o Brasil também não ficou de fora, mesmo em passos lento busca propostas e metas para a conservação ambiental. De acordo com SCALABRIM (2008) apud Zubem (1988), apontam que; em 1973 foi criada a SEMA – Secretaria Especial do Meio Ambiente, então vinculada ao extinto Ministério do Interior. Ela foi responsável pela definição das práticas ambientais no país até a década de 1980, quando a temática do meio ambiente foi divulgada para a opinião pública. Em 1981, foi proposta a Política Nacional do Meio Ambiente, contendo metas de conservação ambiental e de controle da poluição atmosférica. Criada por uma lei, ela previa a existência de um Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), instituído em 1983 e que passou a atuar no ano seguinte, contando com a participação de representantes da sociedade civil e de ONGs (organizações não governamentais) ambientalistas (SCALABRIM, 2008, p.12)
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PRESERVAÇÃO E INFORMAÇÃO
No início da segunda metade do século XX, os problemas ambientais eram evidentes, mas, não eram tratados nas escolas como prioridade, ou seja, ainda não existia uma educação ambiental, apenas em 1965 que surgiu pela primeira vez a expressão Educação Ambiental. Em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele, da Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão Educação Ambiental, com a recomendação de que ela deveria se tornar uma parte essencial da educação de todos os cidadãos, (BRASIL; 1998, p.27). O estabelecimento de discussões em torno de gestão ambiental, tornou-se uma necessidade para encontrar soluções através da educação, promover conscientização a respeito das questões ambientais.
No Brasil, por volta do ano de 1981, foi promulgada a Lei Federal (6.902) no âmbito ambiental. Ainda em 1981, foi criada a primeira lei que coloca a Educação Ambiental como um instrumento para ajudar a solucionar problemas ambientais. É a mais importante lei ambiental do Brasil, que institui a "Política Nacional do Meio Ambiente" (Lei Federal n° 6.938/81). Em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a nova Constituição Federal, com seu Capítulo do Meio Ambiente que, entre outros avanços na área ambiental, tornou a educação ambiental obrigatória em todos os níveis de ensino, sem, no entanto, tratá-la como uma disciplina. A partir de 1989, todos os Estados e Municípios refizeram suas leis maiores: muitas Constituições estaduais e Leis Orgânicas Municipais repetiram as propostas da Constituição Federal, incluindo um capítulo do meio ambiente, com referências à EA. (BRASIL; 1998).
Por ocasião da Conferência Internacional Rio/92, cidadãos representando instituições de mais de 170 países assinaram tratados nos quais se reconhece o papel central da educação para a “construção de um mundo socialmente justo e ecologicamente equilibrado”, o que requer “responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário”. E é isso o que se espera da Educação Ambiental no Brasil, assumida como obrigação nacional pela Constituição promulgada em 1988. Nesse contexto fica evidente a importância de educar os brasileiros para que ajam de modo responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente e para o futuro. (PCN Educação Ambiental)
Nos debates em salas de aula sobre a preservação do meio ambiente, inúmeros questionamentos surgem como; qual o papel da sociedade, o que deve fazer o professor para abordar essa temática na perspectiva da multiplicidade de informação sobre o assunto e de maneira multidisciplinar, e os alunos como deverão ajudar na preservação ambiental.
Com o avanço da tecnologia, com a flexibilidade e a interatividade entre o educador e o aluno é possível através da metodologia ativa, levar alunos a aula de campo, fazendo com que eles acompanhem in loco a problemática do meio ambiente e principalmente dos lixões que se formam em volta das cidades. Alan Pinheiro de Souza em seu artigo intitulado “O Posicionamento das Tecnologias de Informação no Processo de Educação Ambiental e Sustentabilidade na Sociedade” aponta com perspectivas sobre a relação da educação ambiental em consonância as tecnologias, integrando-as para uma aprendizagem mais dinamica, para este autor; a disseminação de tecnologias de informação e comunicação criam novas oportunidades e expectativas em relação ao processo de educação ambiental, uma vez que a integração da informática e dos multimeios propiciam a sensibilização e o conhecimento de ambientes diferenciados e dos seus problemas intrínsecos por mais distantes espacialmente que eles estejam.
É certo que os alunos já trazem consigo diversas opiniões sobre a preservação do meio ambiente, é sabido também que esse conhecimento vem da interatividade com os meios de comunicação (Tvs, rádios, Internet/ redes sociais, revistas, Jonais impresso), além do que aprendem em casa e em rodas de conversas com amigos e outras pessoas. A nossa preocupação é dá destaque ao conhecimento prévio desses alunos e diante desse saber que cada aluno traz consigo, partir para a prática, vivenciando a aprendizagem ativamente. Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam que;
A preocupação em relacionar a educação com a vida do aluno, seu meio, sua comunidade não é novidade. Ela vinha crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. Exemplo disso são atividades como os “estudos do meio”. Porém, a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão “Educação Ambiental” para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais e não-governamentais pelas quais se busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. (PCNs; 1997, p. 23)
Nosso país é riquíssimo em recursos naturais, suas diversidades de ecossistemas são importantes para a vida de todo o planeta, lindas florestas tropicais, cerrados, caatingas, lindas praias, além de adquirir uma enorme reserva de água doce primordial para todos os seres vivos.
Nesse sentido, podemos observar que o meio ambiente, é um tema já em discursão a vários anos, muitas conversas, reuniões, conferencias, debates, porém ação eficaz mesmo muito pouco. Na maioria das cidades, principalmente as pequenas, brasileiras os lixões ainda são a céu aberto, trazendo grandes poluições, doenças entre outros problemas. A questão dos lixões é muito séria e carece de medidas que envolvam toda a sociedade civil organizada, cada qual fazendo a sua parte.
Diversas leis já foram criadas, para proteger o meio ambiente, muitas delas só funcionam mesmo no papel, pois não tem quem fiscalize se está sendo, realmente, cumprida ou não. A exemplo, existe a Lei de Crimes Ambientais – número 9.605 de 12/02/1998. Que reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou coautora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se comprove a recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 50 milhões de reais.
Todas as leis existentes, sobre o meio ambiente, nem 50% delas são cumprida, desde o ano de 2010 que foi sancionada a lei que determina os fins dos lixões nas cidades brasileiras, (LEI 12.305/2010 (LEI ORDINÁRIA) 02/08/2010) esta lei determinou um prazo de 4 anos para que todas as cidades se adequassem, estamos em 2019 e a maioria das cidades continuam com seus lixões funcionando.
Falta um maior investimento das autoridades educacionais, fazendo com que as escolas envolvam mais os alunos na problemática da poluição e na necessidade de se preservar o meio ambiente.
Todo o cidadão tem direito a saber e aprender as leis sobre meio ambiente, o ideal mesmo era que as crianças tivessem desde o ensino infantil, matéria específica sobre o assunto, pois só com uma educação humana é que teremos um ambiente preservado para o futuro.
De acordo com Sato (2004) o aprendizado ambiental é um componente vital, pois oferece motivos que levam os alunos se reconhecerem como parte integrante do meio em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos problemas ambientais e ajudar a manter os recursos para as futuras gerações.
A Educação Ambiental, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal. Por seu caráter humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a Educação Ambiental pode contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educandos em ações concretas de transformação desta realidade
O LIXO E O DESCARTE INADEQUADO
Foi observado na cidade de Mamanguape que o principal destino dos resíduos sólidos é o lixão, este fica a céu aberto localizado as margens de uma estrada vicinal próximo a cidade, o descarte do lixo é feito de qualquer maneira sem nenhum cuidado e sem tratamento oferecendo riscos à saúde. Essa ação causa diversos problemas ao meio ambiente poluindo córregos, terrenos, contribuindo para o aparecimento de parasitas e animais causadores de doenças infecciosas. Foi observado também que no entorno do lixão existem plantações, e isso é preocupante devido à proximidade com o lixo. Segundo o Artigo 189 da lei Orgânica do Município de Mamanguape que trata sobre o meio ambiente diz que; Art. 189 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Ao observar a lei podemos notar que está em consonância com a Constituição Federal (1988) sobre proteção ao meio ambiente, mas, o que chama atenção é que a defesa do meio ambiente não é apenas do poder público municipal, mas também de todos os cidadãos e cidadãs Mamanguapense, cabe a nós gestores da educação promover meios de conscientização e sensibilização em nossos alunos e na sociedade, buscar meios para solucionar a questão dos resíduos sólidos e um local adequado para o descarte do mesmo, cobrar do poder público políticas efetivas de combate aos lixões e começando ainda nas residências o processo de seleção dos resíduos fabricados em casa. A Lei sobre proteção do nosso município é clara, ainda assim, os órgãos competentes parecem fechar os olhos para os males causados pelo lixão e consequentemente a degradação que este promove ao meio ambiente com a permanência desses locais de depósitos de lixo a céu aberto. Veja o que diz os incisos 2º e 3º do artigo 189 do município de mamanguape;
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais, fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas independentemente da obrigação de reparar os danos causados (LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE MAMANGUAPE)
O lixo como conhecemos resulta do resto das atividades humanas (produzidos pelo homem), considerado inútil, indesejável, descartável os chamados resíduos sólidos que podem ser no estado sólido ou semissólido. De acordo com Amorim et al (2010, p.162), lixo é tudo que nós descartamos por não querermos mais, ou por não percebermos uma utilidade imediata. O lixo vira resíduo quando é reaproveitado.
Foi observado diversos transtornos causados ao meio ambiente na cidade de Mamanguape - PB. O lixo faz parte do nosso cotidiano, mas deve-se fazer o descarte de forma correta, evitando maiores danos a natureza. Como já mencionado acima o descarte dos resíduos sólidos é uma preocupação de toda a sociedade, ou seja, as pessoas do município devem cobrar e fazer a sua parte. É proposto que as escolas, utilizem a metodologia dos 3R’s valorizando a preservação do meio ambiente, fomentando a educação ambiental para que nossos alunos aprendam praticando e levem para casa bons hábitos de preservação. Também foi observado a importancia de trabalhar projetos sobre a coleta seletiva, esse processo buscar através da seleção dos resíduos sólidos dá destinação correta ao lixo e facilitar a vida dos catadores de lixo. Como proposto pelas metodologias ativas, se pretende levar os alunos a participar praticando e assim aprender, assim sendo, as escolas podem fazer visitas aos lixões da cidade para que os alunos possam vivenciar a realidade do município e do meio ambiente, mostrar como é feito o trabalho dos catadores de materiais recicláveis, evidenciando nesse sentido as dificuldades enfrentadas por esses trabalhadores sem a devida seleção do lixo, e como seria se o lixo fosse selecionado. São apenas algumas ideias de se trabalhar a questão do lixo de forma sustentável nas escolas do município de Mamanguape – PB.
Fotos: 1 e 2 - Lixão da cidade de Mamanguape, mostra onde é feito o descarte dos resíduos sólidos, alguns amimais e deterioração do ambiente.
Fonte: José Luiz de Oliveira
A coleta do lixo na cidade de Mamanguape é realizada por uma empresa terceirizada, passando diariamente, os caminhões com os funcionários recolhem o lixo até o seu destino final (o lixão), a coleta de lixo realizada segue roteiro que abrange toda a cidade que vai do centro aos bairros mais distantes, além de passar nas escolas, os funcionários utilizam EPIs (Equipamento de proteção individual). Os moradores acomodam o lixo na calçada ou em cestos para serem recolhidos, foi observado que não há nenhum tipo de cuidado com a separação do lixo isso pode acometer acidentes aos agentes de limpeza e aos catadores de materiais recicláveis, uma vez que, nesses resíduos sólidos sem nenhum tipo de seleção podem conter materiais perfuro cortante, além de dificultar o trabalho dos garis. Antes da passagem dos agentes de limpeza, foi observado que algumas pessoas que vivem da reciclagem passam procurando e selecionando materiais que possam serem reciclados, os principais materiais recicláveis procurados pelos catadores de lixo são: metais, papel, papelão, plástico e vidro, essa atividade gera renda e ajuda a família, uma vez que, crianças e adultos, sobrevivem do lixo.
Fotos: 3 e 4 – colhimento do lixo pela equipe de limpeza da cidade de Mamanguape, recolhendo o lixo podemos observar os garis e o caminhão da empresa.
Fonte: Francisco Soares de Lima
Fotos: 5 e 6 – locais onde os moradores acomodam o lixo para ser recolhido pela equipe de limpeza.
Fonte: Francsico Soares de Lima
Fotos: 7 e 8 – catadores procurando no lixo em uma das ruas da cidade de Mamanguape, materiais recicláveis que podem servir para a comercialização.
Fonte: Francisco Soares de Lima
Sobre o pensar da coleta seletiva RICHTER (2014,p45) apud, Ferreira (2011), afirmam que; para que a coleta seletiva seja colocada em prática, é preciso incentivar a implantação de projetos que visem à organização de catadores de resíduos, os quais são os mais afetados pela ausência de políticas públicas e pelo contato direto com o lixo, estando sujeitos à contaminação e doenças. Portanto, qualquer programa de coleta seletiva deve envolver diretamente os catadores que sobrevivem e retiram seu sustento da comercialização dos materiais recicláveis, muitos trabalhando nos lixões.
ALGUMAS DISCURSÕES SOBRE O LIXO DA CIDADE DE MAMANGUAPE
Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas ações, estabelecer limites e isso envolve não só a sociedade, mas também os órgãos públicos e privados que devem desenvolver uma maneira correta de coletarem e descartarem o lixo de maneira que não agridam o meio ambiente.
As prefeituras alegam não ter condições de construírem os aterros sanitários, em virtude disso pedem a prorrogação do prazo para acabarem com os lixões. No 11º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, ocorrido em agosto, de 2014 em Brasília, o doutor em recursos hídricos e saneamento ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e engenheiro do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre, Geraldo Antônio Reichert ponderou que o foco da lei é o planejamento e gestão dos resíduos sólidos, não se resumindo ao fim dos lixões. Ele chamou a atenção para os recursos técnicos nos municípios. "Falta pessoal na área de resíduos sólidos. Não é só dinheiro. É preciso vontade política e investimento em quadros técnicos. Não adianta ter dinheiro se o gestor municipal não tem ninguém da área nem sabe gastar", avaliou Reichert.
Mestre em saneamento ambiental e presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Dante Ragazzi Pauli avalia que as entidades do setor devem se unir para alcançar os objetivos. Ele também ressaltou a importância de capacitar os profissionais e não simplesmente prorrogar o prazo para destinação adequada dos resíduos. "Prazo maior não faz o município cumprir a lei. É preciso estruturar o setor, ainda que os resultados demorem a aparecer. Mas que eles sejam efetivos", defendeu o especialista.
No final do ano de 2016, A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Mamanguape expediu recomendação aos prefeitos de Mamanguape e cidades circunvizinhas, sobre medidas que devem ser adotadas a partir de 2017, para garantir que o serviço de coleta de resíduos sólidos (popularmente chamados de “lixo”) atenda às normas técnicas existentes. Medidas que até então não saem do papel. No início do ano de 2019 (20 de maio), houve uma audiência na cidade de Mamanguape sobre implantação da coleta seletiva sobre a iniciativa do Ministério público da Paraíba com representantes do poder Público Municipal a pauta era sobre o fechamento do lixão e a implantação da coleta seletiva, na cidade. Durante essa audiência a prefeita do Município de Mamanguape foi a primeira a assinar o acordo de não-persecução penal para o fim do depósito de resíduos a céu aberto, em outubro do ano passado. Participaram da reunião, que aconteceu na sede da Promotoria de Mamanguape, os membros do MPPB: o procurador de Justiça Francisco Sagres; o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente, Raniere Dantas, e os promotores José Farias e Carmem Perazzo. Além da prefeita Maria Eunice do Nascimento Pessoa, participaram da discussão, secretários municipais, educadores e agentes de saúde.
Não adianta também acabar os lixões sem que os órgãos públicos tenham um projeto social para incluir as famílias que vivem e dependem destes lixões.
RESULTADOS E DISCURSÕES
Ao reconhecer os impactos ambientais no município de Mamanguape, ficou evidente a necessidade de projetos e ações sobre a problemática do lixão; tais como: implantação de aterro sanitário, coleta seletiva, medidas que venham reduzir ao máximo os impactos ao meio ambiente. O cuidado com o lixo é de todos nós. A escola é um dos locais mais adequado, ou seja, tratando junto aos alunos projetos que visem a questão ambiental e as coloquem em práticas. Esse tipo de tarefa realizado nas escolas trazendo os alunos para a prática é muito eficaz, além do aprendizado ser mais prazeroso, os alunos se sentem estimulados em levarem essas práticas para dentro de suas casas, e elas não ficam apenas nas casas abrange toda a comunidade que passam a ver o lixo com nova perspectiva de sustentabilidade. Uma ferramenta poderosa são as tecnologias podendo ser aliada no processo de aprendizagem, através de videos, conferencias em rede os alunos abordam temáticas ambientais e desenvolvem estratégias de preservação e conservação do nosso ecossistema.
O crescimento populacional e o progresso geraram diversos impactos ao meio ambiente devido a quantidade de lixos produzido, a falta de políticas públicas que envolvam ações de proteção ao meio ambiente também contribui com os impactos causados em nosso ecossistema, um exemplo são os lixões, locais onde os resíduos sólidos são levados, infelizmente ainda faz parte da maioria das cidades brasileira e Mamanguape nosso objeto de estudo está incluído nessa dura realidade. De acordo com Hempe e Nogueira (2012, P.685.) Os resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades tem sido motivo de preocupação nas últimas décadas, pois tem causado crescente poluição e impactos socioambientais devido à disposição final inadequada. Nesse sentido e de acordo com Amorim et al (2010) esses atores analisam que;
Os lixões a céu aberto são caracterizados, em todos os lugares onde existem, por serem um depósito de resíduos sólidos de toda a ordem, que se misturam nesses espaços. Além disso, existem dispositivos mínimos de resguardo do ambiente do seu entorno e das pessoas que entram para catarem os resíduos a serem reciclados. Nos lixões existe uma série de Impactos Ambientais, ocasionados pela perda da qualidade do meio ambiente (água, ar, solo), pela produção dos seres que habitam nas proximidades e, visivelmente, impactos na estética do local onde está inserido. (AMORIM et al; 2010, p.168).
Uma otima proposta é utilizar a questão dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) que tratam de; Reduzir: que consiste em tentar reduzir a quantidade que é produzido de lixo, como por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade no mercado. Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de uma vez, como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades para as que você não precisa mais. Reciclar: consiste em transformar um produto-resíduo em outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza. Muitos já ouviram falar sobre os 3R’s, mais poucos sabem como realmente funcionam e os benefícios que essa atitude traz ao meio ambiente.
Em algumas escolas existem os recipientes para a seleção do lixo, mas pouco utilizado, ou usados de forma errada. Ao tratar desse assunto ativamente com os alunos, como propõe as metodologias ativas em um exercício de conscientização continua e praticável pelos discentes, eles tratarão com muito mais cuidado do lixo fabricado em suas próprias casas. Outra proposta e trabalhar com a reutilização de matérias que seriam jogados fora, como por exemplo, pneus velhos utilizados para fazer canteiros e vasos para as plantas, ou utiliza-los para fazer lixeiras seletivas de acordo com a sua classificação, entre outros. Com a prática desses projetos e a mudança de hábitos em casa, a contribuição para o meio ambiente será significativa, uma vez que o tratamento com o lixo requer diversos cuidados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo é de suma relevância, uma vez que, a educação nos dias atuais é vista como desafio, neste caso é preciso perspectivas de mudança metodológicas, pensar o aluno para além da sala de aula ou algo mecânico, tornando-os participativos no processo de ensino e aprendizagem no qual in-loco aprendem praticando. Uma educação crítica, participativa que desenvolva o potencial do aluno é o que buscamos com este estudo, para tanto acredito que as Metodologias Ativas, oferecem os meios necessários para uma aprendizagem ampla. É preciso perceber que os alunos hoje têm acesso constante a tecnologia, essa atitude torna esses alunos antenados (informados), é importante que os professores se deem conta que essas tecnologias são fundamentais e usem em benefício da educação, conectem-se professores e alunos em uma educação continua. Pensar o aluno como no século passado é um grande erro.
A educação ambiental é de grande relevância, mas deveria ser tratada com mais atenção, uma vez que, o ecossistema é afetado pelas ações humanas, só podemos mudar essa situação através da educação, com a realização de projetos e envolvendo toda a comunidade civil organizada e escolar.
O nosso estudo evidenciou que no município observado, apresenta grande deficiência em sua coleta de lixo, desde o seu início nas residências até o destino final que é o lixão, a pesquisa também mostrou que o local onde fica o lixão apresenta vários impactos ambientais como poluição, deterioração da paisagem e proliferação de animais e vetores. Essa situação só poderá mudar se mudarmos nossos âmbitos e tratarmos o lixo com mais atenção. É possível identificar que há conhecimento sobre o assunto e que é importante dá destinação correta ao lixo, o que falta mesmo é sensibilização de causa.
Com a proposta da coleta seletiva iniciada nas escolas e estendida para o domicilio, mudando a maneira de ver o lixo trará grandes ganhos ao meio ambiente. Estudar a importância da coleta seletiva, o gerenciamento criterioso dos materiais, pensar na redução de consumo, reutilização de materiais e consequentemente na reciclagem como compreendido neste estudo trará ganhos a toda a sociedade tão importante nos dias atuais quanto para a natureza. O poder público por sua vez deve exercer o seu papel de direito, que é a melhoria dos serviços de limpeza pública, realizar políticas que promovam a preservação do meio ambiente e zele por ela.
Por fim, destacar a relevância dos projetos e a Educação Ambiental com cuidados ao nosso globo terrestre como um todo, realizando uma educação que contribui para o combate as práticas danosas causadas ao meio ambiente, como em políticas educacionais voltada a conscientização das pessoas e a necessidade de buscar alternativas sustentáveis melhorando a qualidade de vida das pessoas e melhorando o meio ambiente.
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